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25 de fev. de 2015

MAIS DICAS DE QUEM PROCURA DICAS







No post anterior falei sobre algo que a maioria dos independentes está cansado de saber, mas que sempre precisa ser lembrado: seu livro precisa ser divulgado, e você não tem uma editora para fazer isso. Então é você mesmo, autor, que precisa fazer isso. Mas como? Bom, hoje vou falar um pouquinho sobre o que eu já tentei e o que venho fazendo ultimamente. 

No início, minha divulgação era baseada no mesmo modelo que eu vejo muita gente fazer nas redes sociais: vários posts com a capa do livro, link para a compra e alguma chamada promocional nas redes sociais. Não que exista algo errado com essa estratégia, só que depois de algum tempo ela cansa, e as pessoas que já viram aquela propaganda um milhão de vezes acabam ficando cansadas e param de dar atenção, não compartilham sua postagem ou até te bloqueiam.

Honestamente, só o tempo dirá se minha nova estratégia vai ajudar ou não, mas decidi que precisava pensar um pouquinho diferente, e usar de qualquer outro meio que eu tivesse disponível. E, garimpando na internet e procurando ver o que outros escritores (famosos ou não) estão fazendo, elaborei meu plano para dominar o mundo baseado nas seguintes estratégias:

1 – Abuse das redes sociais

Sim, das redes, não de uma só. E mais: abuse de redes com temáticas diferentes. Facebook, Google + e Twitter são as mais conhecidas, Whatsapp é a febre do momento, mas todas se destinam a difundir o mesmo tipo de conteúdo diversificado, algumas vezes elencado em grupos ou tópicos. Existem ótimos grupos em que se pode trocar informações ou fazer propaganda, mas sempre se corre o risco de que sua informação fique perdida em meio a muitas outras. 

O ideal é que o autor use redes sociais direcionadas, como o Skoob (rede exclusivamente voltada para livros, autores, editores, resenhas e trocas); o Wattpad (rede para divulgar seus textos de forma gradativa, como os folhetins antigos, e que, muitas vezes, serve como vitrine para editoras); o Widbook (semelhante ao Wattpad, mas que tem ferramenta de co-escrita, que permite vários autores para um mesmo texto), o Youtube (vídeos); Orangotang, pra quem é viciado em séries; Pinterest, para compartilhar fotos temáticas e inspiradoras; Dribble, para designers e ilustradores. 

Não vale a pena, porém, fazer um cadastro em 30 redes e acessar uma por dia; mantenha uma regularidade em algumas delas, nas que você acha que terá mais visibilidade de acordo com o que você mais se identifica. Eu, por exemplo, tenho o blog aqui, um perfil no DeviantART (para ilustradores, fotógrafos, modeladores, etc. amadores ou profissionais), e posto pelo menos uma ilustração por semana; uso o Face, e estou me obrigando a dar uma olhada pelo menos uma vez por dia (eu não fazia isso quase nunca, ele só ficava lá!), criei uma página no face só para os livros, assim os interessados podem curtir a página se quiserem; tenho o perfil no Skoob, e procuro fazer resenhas de outros autores de gênero parecido com o meu; tenho o Wattpad, e tenho postado alguns contos menores e mais antigos, pra chamar atenção, e tenho o Twitter também – e este é o mais prejudicado, porque nunca o utilizei realmente.

2 – Use seus talentos

Você consegue criar vídeos legais? Faça uma vinheta do seu livro e poste no Youtube! Sabe cantar ou tocar violão? Componha ou escreva uma música para seu livro, mesmo que seja curtinha! Sabe desenhar? Ilustre cada página que você puder dos seus textos! É bom/boa cozinheiro/a? Coloque receitas nos seus perfis, e atribua a algum personagem seu! 

3 – Não deixe seu livro ser um “filho único”

Muitos escritores independentes (a grande maioria) tem apenas um livro publicado. É aquele projeto guardado na gaveta, e, como o autor publicou e Hollywood “descobriu”, ele deixa o sonho de lado e vai se dedicar a outras coisas.

Mas, se você tiver material para publicar, não espere que aquele seu primeiro livro tenha a visibilidade que você acha que ele deveria ter. Afinal, é possível que este primeiro não tenha agradado tanto quanto outros e, ao lançar dois, três ou mais, seu nome passe a ser associado ao de um alguém com experiência, e a venda de um título acaba despertando a atenção para os outros.

4 – Não se prenda a um só gênero

Ainda que você tenha ideias mirabolantes para 30 romances deslumbrantes, pensar fora da caixinha pode te surpreender. Imaginar, por exemplo, uma história de terror pode tanto te fazer escrever um triller tão tenebroso que vai deixar até Stephen King de cabelos em pé, como pode simplesmente te ajudar a apimentar suas próprias histórias, tornando as coisas um pouquinho mais interessantes. 

5 – O conselho fundamental: leia, leia sempre.

Além de te ajudar a ter mais ideias, aumentar seu vocabulário e melhorar seu português, ler títulos de autores próximos a você, também independentes e brasileiros pode expandir sua rede de relacionamentos e te ajudar a trocar experiências. De preferência, não abandone os Best-sellers em favor de títulos sem expressão no mercado, mas também não faça o contrário. Toda a leitura é experiência, e todas podem trazer grande benefício, seja percebendo a originalidade do outro, recebendo críticas construtivas de autores que você puder conhecer, ou mesmo dando dicas para alguém menos experiente melhorar a própria escrita. 

6 – Por fim: aproveite sua viagem!

É difícil quando você se imagina vivendo disso, e boa parte dos escritores tem vontade de ser apenas escritor para sempre (olha eu aqui!!!), mas a ideia principal ao escrever um livro e trabalhar em sua divulgação é fazer isso primeiramente para satisfação própria, para se divertir. Por isso, mesmo que você tenha grandes pretensões e faça um grande projeto sério de investimento e marketing, não deixe a magia de gostar do que está fazendo desaparecer. Se isso acontecer, a escrita se torna um fardo e o sonho se desfaz.


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