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9 de jan. de 2015

AMBERBLADES E O CORAÇÃO DA LUA - RESENHA




Sinopse
A lenda do sol e da lua... Amantes separados para que o mundo fosse criado... Para Lena, nada é mais triste do que duas pessoas que se amam viverem a mesma situação contada nas histórias dos bardos, ainda mais quando uma delas é sua mãe. Para ajudar Astalirande e Jidea a viverem seu amor, Lena, juntamente com Joh e Yomiko, parte numa busca a fim de evitar que o mesmo aconteça dentro da Casa Anciã, moradia dos líderes do povo élfico.

O destino do grupo é a Biblioteca dos Povos, local que reúne o conhecimento de todas as raças, mas, adentrando o reino dos humanos, um lugar completamente novo e cheio de mistérios para Lena, eles conhecem o mago Zak e descobrem que o que pode ajudá-los a unir Astalirande e Jidea também está sendo usado para trazer a destruição ao mundo: o Coração de Lua.

Não havendo outra maneira, o grupo se envolve numa batalha que poderá decidir o destino do mundo de Kathros.
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Considerações
Sem sombra de dúvidas, Amberblades me surpreendeu. Não só pela qualidade do texto, que tem pouquíssimos e perdoáveis errinhos de digitação, como pela inventividade da autora.
Quando comecei a ler e vi que os protagonistas eram elfos, pensei: “poxa, mais um livro de elfos e orcs e anões num mundo medieval…”. Não que eu não goste, mas acho meio cansativo. No entanto, Gisele me provou que é possível usar estes elementos tão desgastados e reformulá-los para criar algo novo.
Devo dizer que, como fissurada que sou não por livros, mas por histórias no geral, e, portanto, fã de todos os meios de contar essas histórias, percebi que a maior inspiração da autora Gisele Bizarra não vem das tradicionais fantasias medievais, mas de um outro tipo de mídia que, associada à onda Tolkien/George Martin/Rowling/Riordan, criou um mundo diverso e colorido. Em Amberblades, é palpável a influência dos animes japoneses em cada palavra escrita, e isso transpira pelas páginas através das descrições dos personagens, da consistência dos diálogos e até da trama intrincada e cheia de reviravoltas, que nos passa a sensação de estarmos acompanhando a primeira temporada uma série completa deste tipo.
O grupo de protagonistas começa pequeno e com uma singela missão: encontrar o Coração da Lua, uma pedra mística que cria vampiros de energia: pessoas capazes de sugar a energia de outros seres vivos para aumentar seu poder. Um desses vampiros, o elfo Jidea, foi transformado desta forma por Bravoniel, seu irmão mau, e vive com o fardo de não ser mau e ser apaixonado por Astalirande, a líder dos elfos. Para quebrar a maldição e permitir que Jidea e Astalirande fiquem juntos, Lena, princesa filha da elfa, parte pelo mundo junto com seus amigos Joh e Yumiko para procurar o Coração da Lua e reverter o feitiço.
Até aí a história parece se desenvolver de forma tradicional: um grupo em busca de uma joia, com um caminho perigoso pela frente. Parecia que só Lena teria algum destaque. Mas é aí que a história começa a tomar os contornos de uma saga japonesa digna de ser transformada em desenho. O primeiro encontro do grupo de aventureiros é com o suspeito mago humano Zak, que acaba se unindo ao grupo, completando as figuras tradicionais que aparecem nos grupos de heróis dos desenhos orientais: o/a mocinho/a (Lena), o/a melhor amigo/a do/a mocinho/a (Yumiko), o misterioso herói de passado obscuro (Joh) e o brincalhão (Zak).
A trama é tão cheia de reviravoltas que é impossível falar de todas elas sem revisitar o livro inteiro. No entanto, a autora conseguiu não se perder, e se manter no caminho do desfecho principal (encontrar a pedra, salvar o namoro da mãe), ainda que esta missão tome proporções gigantescas quando descobrem que alguém está usando o tal Coração da Lua para criar um exército de vampiros e destruir mundo. A aventura, que começa pequenina, envolve diversos outros personagens agregando características diferentes. E, com tudo o que acontece na aventura, a autora soube trabalhar bem as características de cada indivíduo, incluindo dilemas amorosos envolvendo Lena,uma difícil escolha que Joh tem que fazer, a necessidade que Yumiko tem de limpar seu nome de um crime que não cometeu, a superação de Zak sobre suas limitações mágicas, a resolução de um amor mal acabado de Yumiko, e tantas outras coisas. Há, inclusive, uma espécie de mecha japonês (robô gigante) comandado por um anão, deuses que interferem na vida dos homens, uma planta amaldiçoada que destrói o que toca porque abriga uma dríade, e uma série de outros personagens que enriquecem a história.
A impressão que o leitor tem é a de estar acompanhando os episódios de um desenho, até mesmo com a luta contra “chefões” antes de chegar ao vilão principal, pois a estrutura da narrativa segue todos os passos de uma história deste tipo. Amberblades é uma saga infanto-juvenil e não termina neste primeiro livro, já existem outros três da autora. Certamente vai agradar aos fãs de aventura e ação, principalmente aos fãs de animes japoneses. Quem sabe um dia ela não se transforme num mangá? Potencial para isso tem, e muito! E este seria o primeiro passo para virar anime e passar na TV.

2 comentários:

  1. Nossa, nossa!
    Adorei a resenha! Fiquei muito contente em saber que Amberblades lhe agradou assim ^_^
    Espero poder vir a conhecer sua opinião sobre as demais aventuras do Amberblades.
    Agradeço de montão!! \o/

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  2. Os próximos já estão no meu Kindle, logo logo vou lê-los também!

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